terça-feira, 14 de julho de 2020

Que seja eu essa feliz vítima



Ele continua a mostrar a si mesmo que quer castigar; Rezei para ele que ele quisesse derramar sua amargura em mim e que quisesse salvar o mundo inteiro e, se isso não fosse possível, pelo menos aqueles que pertencem a mim e ao meu país. Essa intenção também parecia estar unida à intenção do confessor, de modo que Jesus, vencido por orações, derramou um pouco da boca, mas não aquele cálice chamado acima. O pouco que ele derramou, parecia que ele fez isso para salvar meu país de alguma forma, mas não em tudo e naqueles que me pertencem. "(Trecho do Livro do Céu – Vol 2, 14 de junho de 1899 - Punições são necessárias para humilhar criaturas.)
Jesus diz a Luísa “Vê este copo de sangue? Vou derramar no mundo" (Trecho do Livro do Céu – Vol 2, 14 de junho de 1899 - Jesus que quer castigar o mundo). E Luísa pede a Ele que derrame esta amargura nela, e poupe o mundo. Luísa se apresenta a Justiça Divina para sofrer no lugar de todas as criaturas. Quem em sã consciência pede para sofrer? Ainda mis para poupar os pecadores? Como assim? Nossa mente humana já logo pensa, a humanidade é que pague pelos seus erros.
A meditação das verdades reveladas por Jesus a Luísa Picarreta, as orações diárias na Divina Vontade, e a meditação das 24 horas da Paixão infundem na alma a chama do Amor, um fogo que consome o amor próprio e ordena as paixões. A alma sente um forte desejo de sofrer para aliviar as dores do seu amado Jesus. A alma entende que o Criador sofre muito em ter que castigar as criaturas, e por amor a Ele se oferece para receber os castigos no lugar dos pecadores. Ao derramar os sofrimentos em seus filhos, Jesus sente-se aliviado, pois encontra uma alma que sofre com Amor e submissão ao Criador. O salvador olha para esta alma e se Vê, pois, assim como Ele se entregou na Cruz voluntariamente por amor de todos os seus filhos, esta alma se entrega ao sofrimento por amor a Ele. O Amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Corintios 13,7).
Oh, meu Deus! vosso Amor desprezado vai ficar em vosso Coração? Parece-me que, se encontrásseis almas que se oferecessem como vítimas de holocausto ao vosso Amor, as consumiríeis rapidamente. Parece-me que estaríeis feliz em não conter as ondas de infinitas ternuras que estão em vós... Se vossa justiça gosta de descarregar-se, embora só se exerça na terra, quanto mais vosso Amor Misericordioso que se eleva até os Céus deseja abrasar as almas... Oh, meu Jesus! que seja eu essa feliz vítima, consumais vosso holocausto pelo fogo do vosso divino Amor!..." (História de uma Alma, Manuscrito autobiográfico de Santa Teresinha do Menino Jesus)

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